Direção e Comissão Técnica da modalidade orientam retorno aos treinos e planejam próximos passos após posicionamento da CBF
Nesta quarta-feira, 15, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou sua decisão sobre os jogos do Campeonato Brasileiro e demais competições, visando a situação de catástrofe climática que atingiu o Rio Grande do Sul. Para a modalidade Feminina, a entidade não anunciou alteração na programação, exceto os jogos dos times gaúchos que estão suspensos até o dia 27 de maio.
Diferentemente da definição para a modalidade Masculina, que terá duas rodadas suspensas, as partidas dos demais Clubes no Brasileiro Feminino A1 devem ser mantidas. “Tal deliberação abarca apenas a Série A em razão de já ter havido a manifestação formal da maioria dos seus integrantes”, comunica a nota oficial da CBF.
Dessa forma, o Tricolor já vem trabalhando na retomada gradual das atividades das atletas, bem como elaborando estratégias para que o time minimize os impactos sofridos pelo desastre no RS. “É uma situação muito delicada.
Estamos buscando oferecer neste momento difícil, um suporte para as atletas mais voltado à preparação física, técnica e principalmente emocional, pois viver esse ambiente diariamente, tem um impacto tremendo, alterando signitivamente nossa rotina de trabalho”, declara a supervisora de Futebol Feminino, Patrícia Gusmão, em nome da Comissão Técnica e Diretoria do Departamento.
As atividades das Gurias Gremistas acontecem no Complexo Esportivo da Ulbra, onde muitas residem, nos alojamentos. O campus – que fica em Canoas, uma das cidades mais afetadas pelas enchentes – está servindo como abrigo provisório para mais de 6 mil pessoas.
Devido a essa situação atípica, as estruturas e a logística do local precisaram passar por mudanças. Apesar de terem acesso ao campo, quando a chuva permite, por exemplo, as atletas tem se envolvido nas ações de voluntariado e não podem usar a academia, que está sendo utilizada para alocar desabrigados.
As tratativas com a CBF seguem ocorrendo. “Queremos garantir condições justas para voltar a competir no mesmo ritmo de quando tivemos que suspender nossas atividades. Não há como o grupo ficar alheio a tudo que está acontecendo em nosso Estado.
Muitas atletas foram diretamente afetadas, inclusive. Ainda assim, estamos nos esforçando para orienta-las e dar o suporte dentro do que é possível para que mantenham certo ritmo e estejam preparadas para eventual retorno”, declara a Diretora de Futebol Feminino, Marianita Nascimento.
A direção também estuda a possibilidade de alternativas para poder viabilizar um local seguro para realizar as partidas do restante da competição.