Como destaca Hebron Costa Cruz de Oliveira, pai dedicado e apaixonado pela família que adora música e toca piano, a linguagem é o alicerce do direito e, ao mesmo tempo, o coração da literatura. Ambas as disciplinas partem do mesmo ponto: a palavra. No tribunal ou nas páginas de um livro, é ela que revela intenções, interpreta silêncios e reconstrói verdades.
Se o seu objetivo é compreender como o diálogo entre literatura e Direito pode ampliar a sensibilidade, a empatia e o senso ético do jurista, continue a leitura. Descubra por que a leitura humanista é tão essencial quanto o estudo das leis para formar advogados e juízes mais justos, críticos e humanos.
A literatura como espelho do comportamento humano
À luz da vivência de Hebron Costa Cruz de Oliveira, profissional reconhecido pela atuação ética e técnica, a literatura cumpre um papel insubstituível na formação ética do jurista. Obras clássicas e contemporâneas revelam o drama da condição humana e ensinam sobre responsabilidade, culpa, justiça e perdão.
Ler Dostoiévski, por exemplo, é compreender as angústias morais que sustentam o crime e o castigo; estudar Machado de Assis é refletir sobre a vaidade, o poder e a manipulação, temas tão presentes nas relações jurídicas. A literatura desperta a empatia que o formalismo tende a adormecer. Ela amplia o olhar do profissional para além dos autos, ensinando que cada processo é, antes de tudo, uma narrativa de vida.
O direito como narrativa da razão e da ordem
De acordo com Hebron Costa Cruz de Oliveira, mestre em direito civil, o direito organiza o discurso da razão. Ele transforma o conflito em linguagem racional, converte a emoção em norma e a indignação em sentença. No entanto, o Direito sem literatura corre o risco de se tornar árido. O advogado que não lê perde nuances, sutilezas e empatia, qualidades indispensáveis para compreender o ser humano. O diálogo entre o raciocínio jurídico e a imaginação literária cria um equilíbrio entre a objetividade da lei e a subjetividade da vida.

A palavra como ponte entre justiça e sensibilidade
Para Hebron Costa Cruz de Oliveira, especialista em Direito Contratual e das Empresas, tanto o escritor quanto o advogado lidam com a palavra como instrumento de criação e transformação. O primeiro recria o mundo pela ficção; o segundo o reconstrói pela argumentação. Essa semelhança torna a literatura um laboratório ético e linguístico para o profissional do direito. Quem lê amplia o vocabulário, aperfeiçoa a escrita e desenvolve a capacidade de interpretar intenções e contextos, habilidades que, no foro ou na negociação contratual, fazem toda a diferença. Dominar o idioma é dominar também as formas de persuadir, emocionar e convencer.
Educação estética e formação jurídica: Um encontro necessário
Conforme o entendimento de Hebron Costa Cruz de Oliveira, referência na advocacia cível e empresarial, a formação jurídica deve incluir o cultivo da sensibilidade estética. A arte literária, quando incorporada à rotina de estudos, ensina o valor da pausa, o respeito às ambiguidades e a escuta atenta do outro. A leitura regular de romances, ensaios e poesias fortalece o senso crítico e desenvolve o raciocínio interpretativo, preparando o advogado para lidar com temas complexos e situações ambíguas. Um profissional sensível à beleza das palavras também se torna mais atento à beleza da justiça, aquela que equilibra razão e compaixão.
A literatura como antídoto contra a desumanização do direito
De acordo com Hebron Costa Cruz de Oliveira, advogado com 29 anos de experiência, o excesso de pragmatismo e tecnicismo tem afastado o direito de sua dimensão humana. A literatura, nesse contexto, atua como antídoto. Ela devolve o olhar ao invisível, dá voz aos esquecidos e recorda que toda norma deve servir à vida. Ler é um ato de resistência e de formação moral. Um advogado que lê é mais paciente, mais sensível e mais preparado para compreender o outro e, consequentemente, para defender a justiça com integridade e propósito.
A palavra como herança do jurista e do escritor
Literatura e direito não são universos opostos, mas complementares. A primeira educa o sentimento; o segundo disciplina a razão. Juntas, constroem uma visão mais ampla de justiça, onde o texto da lei encontra o texto da vida. O bom jurista é também um leitor do mundo: aquele que entende que a sentença é uma narrativa e que toda narrativa é uma tentativa de fazer justiça. Ler é, portanto, julgar com o coração desperto. E julgar com o coração desperto é a mais alta forma de exercer o direito.
Autor: Kinasta Balder