Política

Brasileirão Feminino 2024: conheça os times, formato, duração e premiação

Campeonato começa nesta sexta, com 16 times; Fluminense, Botafogo, América-MG e Bragantino são as novidades

A série A1 do Campeonato Brasileiro feminino 2024 começa nesta sexta-feira, com três partidas. Santos x Real Brasília abrem a competição na Vila Belmiro, às 15h (de Brasília). América-MG, Bragantino, Botafogo e Fluminense são as novidades. Os times conseguiram acesso para a elite do Brasileirão na última temporada. Dessas equipes, apenas o Bragantino já esteve na Primeira Divisão.

Duração e formato
O Campeonato Brasileiro começa neste fim de semana e termina em setembro. A primeira fase vai até o final de junho. Serão 120 jogos. Os 16 times se enfrentam em pontos corridos, em turno único. A competição será pausada durante a disputa dos Jogos Olímpicos de Paris. As quartas de final começam em agosto, com as oito melhores equipes, sendo a líder enfrentando o oitavo, o segundo encarando o sétimo, e assim sucessivamente.

Premiação
A CBF anunciou o maior investimento da história do Brasileirão feminino. Serão destinados cerca de R$ 25 milhões para a realização da competição. Todas as cotas dos clubes terão reajuste. Anteriormente, cada um dos 16 participantes recebia R$ 30 mil pela participação na primeira fase. O valor passará para R$ 300 mil reais. Na segunda fase, os oito classificados receberão R$ 100 mil – anteriormente o valor era de R$ 35 mil.

Os quatro finalistas ganharão mais R$ 100 mil – anteriormente eram R$ 50 mil. No total, os clubes vão receber R$ 6 milhões em cotas. A premiação também será recorde, chegando a quase R$ 2,3 milhões. O campeão vai receber R$ 1,5 milhão. O segundo colocado receberá R$ 750 mil. O reajuste dos prêmios foi de 25% em relação ao ano anterior – o campeão recebia 1,2 milhão e o vice 600 mil. O Corinthians é o atual campeão da competição.

Raio-x dos times
América-MG
As Spartanas são estreantes na elite do Brasileirão. O time chega reformulado, com 17 atletas que deixaram o clube e 16 contratações. O treinador Jorge Victor está no time desde 2022 e comandou a campanha do acesso. O time tem a permanência como objetivo na temporada. O América é um dos clubes que não integram o elenco feminino com o masculino. Com isso, as jogadoras treinam no Complexo Esportivo da PUC, universidade particular de Belo Horizonte, compartilhando o mesmo local com a categoria Sub-20 feminina.

Atlético-MG
As vingadoras vão para a terceira temporada na Série A1 do Brasileirão. Com a chegada da SAF no clube, mais uma grande reformulação foi feita. Antony Menezes chegou ao time no início desta temporada. Junto a ele, 24 reforços, com contrato médio de um ano. Dezenove atletas deixaram o clube. As Vingadoras deixaram de contar com a categoria Sub-17 e firmaram parceria com projeto social para a base Sub-20.

Outra mudança foram os locais de treinamento. Nos últimos anos, o Galo treinava em campo de futebol amador de BH, mas inauguraram as estruturas da Vila Olímpica, clube social, para a preparação das jogadoras em dois dias da semana. Nos outros dias, a equipe vai usar a Cidade do Galo, mesmo espaço que o masculino. O CEO do time informou que reduziram o investimento. Para 2024, o time vai investir cerca de R$ 5 milhões. Por essa nova realidade, o objetivo é permanecer na série A1.

Avaí/Kindermann
As Leoas chegam com o objetivo de estar entre as oito primeiras colocadas ao fim da primeira fase do Brasileirão. As jogadoras estão se preparando no CT da Reunidas, em Caçador, Santa Catarina, junto com a categoria Sub-20. O clube aumentou o investimento em 20%, contratou 11 atletas, enquanto outras 13 deixaram o time. A média contratual vai de um a dois anos.

Bragantino
O Massa Bruta vai para a segunda temporada, tentando a permanência na elite do Brasileirão, mas também quer uma vaga na segunda fase da competição. Após subir em 2021, o time voltou para a Segunda Divisão no ano seguinte. Para essa nova etapa, o clube afirma que vai inaugurar um novo centro de treinamento para o time feminino. O novo local será em Bragança Paulista, e a categoria Sub-20 também vai utilizar o local. Doze jogadoras deixaram o clube, nove chegaram, com contratos que variam de um a dois anos. Com a saída de Rosana Augusto para a seleção, o auxiliar Humberto Simão foi efetivado como treinador.

Botafogo
O Botafogo conquistou o acesso para a Serie A1 na última temporada. O time teve 14 baixas e contratou 12 novas atletas, com média de um ano de contrato. O clube não informou os valores investidos na atual temporada, mas afirmou que houve aumento no valor. A equipe feminina não é integrada com o masculino no Centro de Treinamento Lonier. Atualmente, as jogadoras usam as estruturas do Estádio Nilton Santos, assim como o Sub-20 feminino e as categorias de base do masculino. Jorge Barcellos é o novo treinador, após a saída de Gláucio Carvalho, e tem como objetivo ficar na elite da competição e tentar uma vaga nas quartas de final.

Corinthians
O Corinthians é o atual campeão do Brasileirão e tem como objetivo levantar a taça mais uma vez. A maior mudança foi na comissão técnica, com a saída de Arthur Elias, e a chegada de Lucas Piccinato. Cinco jogadoras foram contratadas, com média de contrato de dois anos. Outras cinco atletas deixaram o time, além de uma aposentadoria (Grazi). O elenco treina em um centro de treinamento que compartilha com as categorias de base do masculino e do feminino. O espaço faz parte do complexo do CT Joaquim Grava.

Cruzeiro
As Cabulosas entraram na temporada 2024 com um marco: chegaram à final da Supercopa do Brasil. Após alcançar a classificação inédita para as quartas de final do Brasileirão no último ano, o Cruzeiro quer, ao menos, repetir a campanha. Sete atletas deixaram o time, outras seis foram contratadas, incluindo Camila Rodrigues, goleira da seleção brasileira. Os vínculos firmados vão de um a três anos. Para o Campeonato Brasileiro, Jonas Urias será o comandante. Ele chegou durante a disputa do Estadual do ano passado. A preparação da equipe acontece nas Tocas I e II (onde treina o masculino). As Cabulosas não contam com categoria de base feminina.

Ferroviária
As Guerreiras Grenás ficaram com o vice-campeonato do ano passado. Para este ano, a Ferroviária teve um aumento de 40% no investimento, chegando a R$ 14 milhões, com o objetivo de disputar o título. No elenco, 13 atletas saíram e outras 11 foram contratadas, com média contratual de dois anos. A treinadora Jéssica Lima segue no comando do time. Os treinamentos acontecem no CT Pinheirinho, junto com o masculino e as categorias de base. A Ferroviária tem times do Sub-12 ao Sub-20.

Flamengo
O Rubro-Negro chega com o foco no título. Para isso, teve cinco dispensas e nove contratações, incluindo a chegada de Cristiane, ex-Santos. A média contratual é de um a três anos. As categorias de base do time feminino (Sub-17 e 20) e o time principal treinam no Centro de Educação Física Almirante Adalberto (CEFAN). O espaço não é o mesmo que o masculino utiliza. O clube informou que o investimento financeiro aumentou, mas não informou os valores.

Fluminense
O Tricolor é mais um estreante na elite do Brasileirão. Para o novo desafio, o treinador Hoffman Túlio renovou o contrato e tem a missão de garantir a permanência do time na Série A1. Não houve aumento no investimento do time feminino, e o clube não informou qual o valor destinado à categoria. A equipe Sub-20 e o time principal feminino treinam no CT Vale das Laranjeiras, em Xerém, e não divide o mesmo local do masculino. Nove atletas deixaram o time e 13 foram contratadas, com média de contrato de um ano.

Grêmio
As Gurias Gremistas estão de olho no título do Brasileirão 2024. Para conquistar, o time será comando por Thaissan Passos. Oito atletas foram contratadas e 11 foram dispensadas. A média de vínculo do clube com as jogadoras é de dois anos. O clube informou que houve aumento no investimento, mas não detalhou os valores. O elenco se prepara para a temporada na sede do Departamento de Futebol Feminino, em Canoas, Região Metropolitana de Porto Alegre, a Ulbra.

Internacional
A meta das Gurias Coloradas é a vaga na Libertadores e o título do Brasileirão. O elenco, que treina na sede Campestre do Sesc, teve um aumento de 20% no investimento do time feminino. Sete atletas deixaram a equipe e outras quatro foram contratadas, com vínculos que variam de um a três anos. As categorias de base que vão do Sub-15 ao Sub-20 treinam no mesmo espaço do time profissional feminino.

Palmeiras
As Palestrinas conquistaram um marco para a temporada: o maior valor de patrocínio da história do time feminino. Serão R$ 18 milhões. Com esse investimento, o time quer chega às fases finais do Campeonato Brasileiro e alcançar a vaga na Libertadores. O time tem 12 novos nomes para o ano. Outras 12 atletas deixaram o clube. A média contratual é de um a dois anos. Camila Orlando, nova treinadora do Palmeiras, está preparando a equipe no estádio Nelo Bracalente, em Vinhedo, em estrutura separada do masculino. O clube ainda não conta com a categoria de base feminina.

Real Brasília

As Leoas estão preparadas em busca de uma vaga para as quartas de final do Campeonato Brasileiro. No orçamento, o clube informou que o investimento foi o mesmo do ano passado, mas não revelou os valores. Oito jogadoras foram contratadas, cinco deixaram o time. Dedê Ramos é o novo comandante do Real Brasília e tem preparado a equipe no CT do clube, em Park Way, no Distrito Federal. O local é utilizado pelo masculino, feminino e pelo time Sub-20 formado por mulheres.

Santos
As Sereias da Vila estão com time bastante reformulado para a temporada. Foram 14 saídas, incluindo a atacante Cristiane, grande nome do time, e 17 chegadas. O time está se preparando no CT Rei Pelé, onde treina o masculino. O orçamento está sendo revisto pela nova diretoria, que ainda não informou os valores que serão investidos no ano. O Santos busca grandes resultados no Brasileirão e considera o título uma consequência natural de um bom ano. O time também prepara as categorias Sub-20 e 15 para os campeonatos da temporada.

São Paulo
O Tricolor paulista tem a meta da classificação inédita para a Libertadores feminina. Para isso, modificou o time, com sete contratações, 16 renovações e nove saídas. Os contratos têm de um a dois anos de duração. São 11 renovações feitas para as duas próximas temporadas. O São Paulo não informou o orçamento destinado para o time feminino. A preparação está sendo feita no Complexo Social do MorumBIS, em grama sintética, e no CT de Cotia, para uso da grama natural.

Artigos relacionados

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo