Política

Pela primeira vez, delegação da Seleção feminina de futebol vai à Copa do Mundo com trajes oficiais para vestir fora de campo

Até então, só os homens tinham um traje de viagem para exibir nos grandes eventos. Jogadoras participaram do processo de criação.

Pela primeira vez, a delegação da Seleção feminina de futebol vai viajar para disputar a Copa do Mundo com trajes especiais.

Corta para a esquerda, corta para a direita e centraliza na medida. A lateral ajeita com um toquinho e a atacante aparece para colocar com categoria. Terninho azul claro: um elegante traje de viagem para uma equipe que vai disputar uma Copa do Mundo de futebol.

“Isso é golaço. Acho que é um detalhe muito especial saber que estão cuidando desses detalhes para a nossa chegada”, afirma a lateral da seleção, Antônia Silva.
Pela primeira vez, a seleção feminina vai viajar com uma roupa social feita sob medida. Porque, até então, só os homens tinham um traje de viagem para exibir nos grandes eventos.

“É um cuidado que a gente percebe que eles estão tendo com a gente. Sem dúvida alguma isso também dá um gás pra gente demonstrar que a gente merecia isso há muito tempo atrás e não só agora”, diz a jogadora Antônia Silva.
“Chegar bem arrumado nos dá essa autoestima também”, diz a zagueira da seleção, Rafaelle Souza.

E as jogadoras participaram do processo de criação. Opinando com personalidade sobre a cor.

“Acho que o azul é uma cor que combina com tudo. O azul está no céu, está no mar. A gente opinou um pouquinho no corte, quer mostrar um pouquinho da canelinha, do tornozelo, mais estilo”, comenta a zagueira.
“É uma cor que representa muito o Brasil. Eu acredito também que é sair um pouco do verde e do amarelo, que é muito óbvio”, opina a lateral da seleção.

A equipe de estilistas trabalhou para dar um toque de sofisticação aos trajes. Mas o conforto também é fundamental porque a viagem de avião será longa: 18 horas e 45 minutos de voo vestindo os terninhos até a Austrália, que vai sediar a Copa, junto com a Nova Zelândia.

Este será o primeiro Mundial feminino com 32 seleções. As brasileiras estão no grupo F com a cabeça de chave, França, além de Jamaica e Panamá, nosso adversário de estreia, dia 24 de julho.

A Copa começará quatro dias antes com promessa de estádios cheios. Mais de um milhão de ingressos já foram vendidos, superando as vendas antecipadas do Mundial de 2019, na França.

Será a primeira Copa em que a equipe brasileira estará sob o comando da sueca Pia Sundhage. No próximo dia 27, ela convoca os 23 nomes que disputarão a competição.

“Agora eu acho que os olhares estão no futebol feminino. Acho principalmente pra nós brasileiros que não vem tendo sucesso na seleção masculina, agora a gente tem mais uma chance, a esperança da seleção feminina conseguir colocar essa estrela no peito”, diz Rafaelle.
E servir de modelo para as futuras gerações.

“Você acha que eu não me dou bem não pra ser modelo? Ó o traje. Estou na beca. Ah, Gisele Bündchen! O que é Gisele Bündchen perto de Antônia Silva?”, brinca a jogadora.

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